Ãgtux
35mm, 22 minutos, imagens documentais e animadas, Belo Horizonte, 2005
Sinopse: Este filme foi preparado desde o início para fazer uso de animações, de imagens documentais e do som de forma muito específica e experimental. Ãgtux, afinal, não é um documentário, é no máximo algo que se aproxima do termo criado por Agnes Varda: “documentário subjetivo”. Ele se alinha na tradição do diário, que parte de um ponto de vista particular e se estrutura como um ensaio.
Os Maxakali foram o ponto de partida, mais especificamente seu universo estético. Donos de um notável refinamento plástico e sonoro revelados em desenhos, pinturas, roupas, cantos, poemas…
Este povo tem centenas de anos de história. Povoou um território vastíssimo, o qual percorria à maneira nômade, desde o interior de Minas Gerais e Bahia, até o Atlântico. Hoje, os índios Maxakali são por volta de 1.200 pessoas que vivem em Minas Gerais, em um território exíguo, entre as cidades de Santa Helena e Bertópolis. Vivem sob uma sombra de miséria amplamente divulgada pelos jornais e tevês.
O filme busca o que falta nas notícias: a riqueza de seus grafismos, de sua língua, de sua vida cotidiana. Ãgtux significa “contar histórias”.
Direção: Tania Anaya
Assistência de direção: Clarissa Campolina
Produção Executiva: | Rafael Conde |, Márcia Valadares e Tania Anaya
Produção: Márcia Valadares e Juliana Leonel
Mediação Intercultural: Kleber Gesteira Matos
Assistência de produção na área Maxakali: Zezinho Maxakali, Marco Antônio Lélis (Mom) e Vanilton Brito de Souza (Niltinho)
Diretor de Fotografia e câmera: Gilberto Otero
Assistente de câmera: Pierre Meireles
Roteiro: Anna Flávia Dias Salles e Tania Anaya
Montagem: Clarissa Campolina e Tania Anaya
Edição de som: Alexandre Martins e Waleson Marques / Rec Studio
Finalização e mixagem 5.1: Rec Studio
Som direto: Toninho Muricy
Captação de locução: Eduardo Pires Rosse e Rec Studio
Locução: Seu Otávio Maxakali, Isael Maxakali, Gilmar Maxakali, Joviel Maxakali e Tania Anaya
Textos: João Bidé Maxakali, Zezinho Maxakali, Gilberto Maxakali e Rafael Maxakali
Desenhos originais: Ismail Maxakali, Rafael Maxakali, Gilberto Maxakali, João Bidé Maxakali, Seu Otávio Maxakali, Gilmar Maxakali, Zezinho Maxakali, Joviel Maxakali, Haroldo Maxakali, Joaquim Maxakali, Lúcio Flávio Maxakali
Adaptação dos desenhos para animação: Tania Anaya
Animação: Tania Anaya
Arte final: Maurício Gino e Magda Rezende / Lapisazul
Edição da animação: Aggêo Simões / Zootrópio
Laboratório de imagem: Megacolor
Transfer: Kinetoon e Megacolor
Som ótico: Rob Filmes e Dolby Stereo
Músicas: VELEIRO, de Heitor Villa Lobos e Dora Vasconcelos, interpretação de João Carlos Assis Brasil. Disco: "A Floresta do Amazonas", Kuarup Produções Ltda / Addaf
CANTOS RITUAIS MAXAKALI
EARTH, de Marco Antônio Guimarães, interpretação de Uakti. Disco: "I Ching", Uakti Music / Dunvagen Music Pub, Inc (Emi Music Brasil Ltda - Divisão Itaipu)
Apoio: Programa de Implantação de Escolas Indígenas de MG, Megacolor, Tectran (Técnicos em Transporte) e
DGrau Multimídia
Patrocínio: Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, Pneus Beira Rio, Lei do Mecenato (Rouanet), Expansion Transmissão de Energia Elétrica S.A, CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais S.A,
Banco BMG S.A, Clássica Distribuidora de Livros Ltda e RC Comunicação Ltda.
Produtoras: ANAYA e FILMEGRAPH
Festivais:
38º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, novembro de 2005;
9ª Mostra de Cinema de Tiradentes, MG, janeiro de 2006; 8º Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, julho de 2006;
II Festival Latino Americano de Vídeo Ambiental da Chapada Diamantina, Bahia, novembro de 2006; 13º Vitória Cine Vídeo, novembro de 2006;
Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema 2006, nov/dez de 2006; 53. International Short Film Festival Oberhausen, Germany, mai de 2007;
Femina – Festival Internacional de Cinema Feminino, RJ, jun de 2007;
Mostra Itinerante do 8º Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, jun/jul 2007; MadCat Women’s International Film Festival, San Francisco, USA, set 2007;
V Curta Santos, Mostra Diversidades, Santos – SP, set 2007;
10° Festival de Cinema, Vídeo e Dcine de Curitiba, nov de 2007;
23. International Short Film Festival, Mostra: " Heimat", Berlin, Germany, out 2007;
Festival AELLA Foto y Cine Latino, Paris, France, out 2007;
Wiesbadener Kinofestival, programa "UMWELT (Environment)", Germany, nov 2007;
3ª Mostra de Curtas de Ourinhos, São Paulo, nov 2007;
Feira de Arte ARCO'08, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Espanha, fev 2008. Exibido na TV Cultura e incorporado ao cervo da Programadora Brasil.
Prêmios:
Melhor Montagem Brasileira, prêmio do júri oficial do 8º Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, 2006;
Seleção dos 10 melhores filmes pelo voto popular do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema 2006;
Troféu Pinhão de Melhor Filme Documentário
e Melhor Filme do Festival pela Crítica Especializada, do 10° Festival de Cinema, Vídeo e Dcine de Curitiba 2007;
Melhor Documentário do II Festival Latino Americano de Vídeo Ambiental da Chapada Diamantina, Bahia, 2006;
Prêmio do 53 Internationale Kurzfilmtage Oberhausen:
OBS:O Festival Internacional de Filmes de Curta-Metragem de Oberhausen, é um dos mais antigos e prestigiados no formato de filmes curtos do mundo. Em mais de meio século de existência, muitos cineastas participaram da Mostra Competitiva Internacional: Roman Polanski, Wim Wenders, Werner Herzog, Takashi Ito, Jean-Pierre Jeunet, Aki Kaurismäki, Agnès Varda, George Lucas, David Lynch, Idrissa Ouedraogo, François Ozon, Alain Resnais, Jacques Rivette, Glauber Rocha, Raul Ruiz, Spike Lee, Gus Van Sant, entre outros. Em 2007, foram inscritos 6.500 filmes vindos do mundo inteiro. O Festival selecionou 147 produções, de 43 países. O Brasil foi representado por 2 filmes na Mostra Competitiva Internacional e 2 filmes na Mostra Competitiva para Criança e Juventude:
- Ãgtux, de Tania Anaya, 2005, 22', International Competition / Premiado.
- As vezes é melhor lavar a pia do que a louça, de Luiz e Ricardo Pretti, 2006, 21’, International Competition.
- As coisas que moram nas coisa, de Bel Bechara/Sandro Serpa, 2006, 14', Children's and Youth Film Competition.
- Leonel pé-de-vento, de Jair Giacomini, 2006, 15', Children's and Youth Film Competition.
O blog: www.maxakali.blogspot.com.br feito por Charles Bicalho (professor da UEMG), traz notícias, poesias, fotos e ensaios sobre os Maxakali. Os Maxakali participam do Programa de Implantação de Escolas Indígenas de Minas Gerais-PIEIMG, que os formou em nível de magistério. Eles agora cursam a Universidade Indígena da UFMG. Os Maxakali falam a língua maxakali, da família maxakali, tronco Macro-Jé. Alguns falam também o português. Sua língua possui escrita e eles já publicaram vários livros bilíngues.